terça-feira, 23 de abril de 2024
O MISTÉRIO PÚBLICO
"Parece haver uma franja do MP que não entende os perigos do justicialismo para a democracia. Alguém lhes deve dizer que os políticos não são todos corruptos e culpados até prova em contrário. Que esse é o programa da extrema-direita.
Haja, por isso, alguém lá dentro que explique aos mais jovens, aos mais impulsivos, aos mais justiceiros ou, possivelmente, aos que mais subscrevem a cartilha da extrema-direita que o império da lei se faz com factos, não com percepções. Nem com a jactância própria dos que se decidem a salvar o país da ruína moral. O MP faz falta para garantir a justiça, não para nos salvar dos videirinhos ou de quem decide mal no Governo. Para estes, os cidadãos têm um trunfo: o da democracia."
Manuel Carvalho
Público
segunda-feira, 22 de abril de 2024
domingo, 21 de abril de 2024
SUGESTÃO
Do último director do Tarrafal à última entrevista de Salazar - um livro que reúne reportagens sobre alguns dos principais derrotados do 25 de Abril e os episódios finais da longa ditadura.
No seu papel de jornalista, José Pedro Castanheira teve oportunidade de conhecer e fazer vários trabalhos de investigação sobre alguns dos principais derrotados do 25 de Abril — o último director da censura, o último presidente do partido único, o último responsável do campo de concentração do Tarrafal, os membros do último Governo da ditadura, o último secretário particular de Marcello Caetano, o seu último porta-voz.
Este livro reúne esses trabalhos que o autor fez ao longo de 30 anos, aumentados e melhorados, paralelamente com grandes reportagens em torno de episódios e acontecimentos marcantes, precisamente por terem sido os derradeiros do género a ocorrer durante o Estado Novo: o último deportado, os últimos presos políticos, a última entrevista concedida por Oliveira Salazar, mas também as relações que este mantinha com o último chefe da sua polícia política.
«Dos fracos, mas também dos acabados, dos abatidos, dos esgotados, dos desistentes, dos covardes, dos derrotados — dos últimos. de todos eles (quase) nunca reza não apenas a história mas também o jornalismo. Quando o faz, é habitualmente para exaltar e cantar os feitos e as virtudes dos seus contrários: os fortes, os corajosos, os persistentes, os resistentes, os vencedores, os heróis — os primeiros. […] Não me canso de dizer que no mundo, na vida, na história e, portanto, no jornalismo, como relato que deve ser da realidade e do quotidiano, há muito mais cores e matizes para além do preto e do branco. E que cabe ao historiador e ao jornalista pelo menos tentar ou esforçar-se por, como se fosse um pintor, ser fiel na captação das muitas cores da vida pessoal e coletiva, relevando os muitos raios de luz e brilho, sem esquecer o eterno jogo de sombras e penumbras.»
José Pedro Castanheira, Apresentação
No seu papel de jornalista, José Pedro Castanheira teve oportunidade de conhecer e fazer vários trabalhos de investigação sobre alguns dos principais derrotados do 25 de Abril — o último director da censura, o último presidente do partido único, o último responsável do campo de concentração do Tarrafal, os membros do último Governo da ditadura, o último secretário particular de Marcello Caetano, o seu último porta-voz.
Este livro reúne esses trabalhos que o autor fez ao longo de 30 anos, aumentados e melhorados, paralelamente com grandes reportagens em torno de episódios e acontecimentos marcantes, precisamente por terem sido os derradeiros do género a ocorrer durante o Estado Novo: o último deportado, os últimos presos políticos, a última entrevista concedida por Oliveira Salazar, mas também as relações que este mantinha com o último chefe da sua polícia política.
«Dos fracos, mas também dos acabados, dos abatidos, dos esgotados, dos desistentes, dos covardes, dos derrotados — dos últimos. de todos eles (quase) nunca reza não apenas a história mas também o jornalismo. Quando o faz, é habitualmente para exaltar e cantar os feitos e as virtudes dos seus contrários: os fortes, os corajosos, os persistentes, os resistentes, os vencedores, os heróis — os primeiros. […] Não me canso de dizer que no mundo, na vida, na história e, portanto, no jornalismo, como relato que deve ser da realidade e do quotidiano, há muito mais cores e matizes para além do preto e do branco. E que cabe ao historiador e ao jornalista pelo menos tentar ou esforçar-se por, como se fosse um pintor, ser fiel na captação das muitas cores da vida pessoal e coletiva, relevando os muitos raios de luz e brilho, sem esquecer o eterno jogo de sombras e penumbras.»
José Pedro Castanheira, Apresentação
sábado, 20 de abril de 2024
Sondagem Expresso/SIC: 25 Abril é o dia mais importante da história de Portugal (e resiste à polarização)
Revolução é o Dia D da História de Portugal para 65% dos portugueses, o nível mais alto das duas últimas décadas. Salazar e Salgueiro Maia são as personalidades mais associadas ao dia da revolução, seguidos de Mário Soares e Otelo. Estudo do ICS/ISCTE, em parceria com a Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril, mede a evolução dos valores da Revolução
Expresso
sexta-feira, 19 de abril de 2024
ONDE É QUE ELE ESTAVA NA CRISE ACADÉMICA DE 1969?
O presidente da República inaugurou em Coimbra um mural que retrata o célebre gesto de Alberto Martins quando o então jovem estudante teve a ousadia em 1969 de pedir a palavra e desafiar os responsáveis políticos do Estado Novo. Foi o início da Crise Académica de 1969.
RTPN
quinta-feira, 18 de abril de 2024
O MONÓLOGO DO CAPADÓCIO
Parece mentira, mas é verdade: há dez anos que a comunicação social portuguesa corre atrás de um dejecto político-filosófico para ouvi-lo dissertar sobre Direitos, Liberdades e Garantias.
Quando é que os senhores gazetistas da nossa praça perceberão que o melhor, mesmo, é deixar o capadócio a falar sozinho?
DE BARBIE "DE ESQUERDA" A SAUDOSA DO TARRAFAL - UM EXEMPLAR PERCURSO LATRINÁRIO
Já foi deputada pelo Bloco de Esquerda, mandatária de Mário Soares nas presidenciais de 2006, candidata pelo Nós Cidadãos à Câmara de Lisboa, esteve no movimento Juntos Podemos e, em 2015, foi candidata ás eleições legislativas com a coligação AGIR (uma junção entre o PTP e o MAS), agora Joana Amaral Dias prepara-se para ser a cara do ADN nas eleições europeias de 9 de junho.
Expresso
quarta-feira, 17 de abril de 2024
UMA ESPIRAL DE BAIXEZA
Com a actuação como chefe do governo de indignidade nacional e com o apadrinhamento da escumalha de extrema-direita, ficámos a conhecer o estofo político de Pedro Passos Coelho.
Com as recentes intervenções públicas da criatura, ficamos em condições de lhe avaliar o estofo moral.
Embora ambos os casos tenham exposto o carácter do Pierre Laval de Massamá, sente-se que a espiral de baixeza ainda vai no adro. Aguardemos. O anunciado Diabo pode chegar a qualquer momento.
PELA FALCATRUA, A LUTA CONTINUA
Ministro das Finanças contrata ex-deputada acusada de fraude
Patrícia Dantas, nova adjunta de Miranda Sarmento, está a ser julgada por um crime de fraude na obtenção de subsídio. CM
terça-feira, 16 de abril de 2024
ELES, GRANDES E PEQUENOS, ANDAM POR AÍ E ESTÃO AO ATAQUE
o grande filho da puta
também em certos casos começa
por ser
um pequeno filho da puta,
e não há filho da puta,
por pequeno que seja,
que não possa
vir a ser
um grande filho da puta,
diz o grande filho da puta.
no entanto,
há filhos da puta
que já nascem grandes
e filhos da puta
que nascem pequenos,
diz o grande filho da puta.
de resto,
os filhos-da-puta
não se medem aos
palmos, diz ainda
o grande filho-da-puta.
o grande filho da puta
tem uma grande
visão das coisas
e mostra em
tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o grande filho da puta.
por isso
o grande filho da puta
tem orgulho em ser
o grande filho da puta.
todos
os pequenos filhos da puta
são reproduções em
ponto pequeno
do grande filho da puta,
diz o grande filho da puta.
dentro do
grande filho da puta
estão em ideia
todos os
pequenos filhos da puta,
diz o
grande filho da puta.
tudo o que é bom
para o grande
não pode
deixar de ser igualmente bom
para os pequenos filhos da puta,
diz
o grande filho da puta.
o grande filho da puta
foi concebido
pelo grande senhor
à sua imagem e
semelhança,
diz o grande filho da puta.
é o grande filho da puta
que dá ao pequeno
tudo aquilo de que ele
precisa para ser
o pequeno filho da puta,
diz o
grande filho da puta.
de resto,
o grande filho da puta
vê com bons olhos
a multiplicação
do pequeno filho da puta:
o grande filho da puta
o grande senhor
Santo e Senha
Símbolo Supremo
ou seja,
o grande filho da puta.
Alberto Pimenta
(Discurso Sobre o Filho-da-Puta - excerto)
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